| 02/12/2002 22h09min
O Criciúma corre o risco de não decidir em casa, no Estádio Heriberto Hülse, no próximo sábado, dia 7, o título da Série B contra o Fortaleza. A Comissão Disciplinar número 2 da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) começa a decidir nesta terça o local da decisão da competição.
O motivo para a possibilidade da perda de mando de campo deve-se ao estouro de um rojão na lateral do gramado, próximo de um dos dois auxiliares que trabalharam na vitória de 5 a 1 sobre o Sport (PE), no dia 25 de outubro.
O episódio foi citado na súmula pelo árbitro Fabrício Neves Correa (RS), e o Criciúma incorreu no artigo 300 do Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF).
A preocupação do departamento jurídico em relação ao julgamento começa pelo caráter reincidente do caso. O Criciúma já está "devendo" a perda de mando de campo por dois jogos devido a incidentes durante a Copa Sul-Minas.
Como as punições são impostas de forma progressiva, em caso de nova condenação no julgamento da Comissão Disciplinar, o clube pode perder o mando por três jogos.
Para tentar obter a absolvição do Tigre, o diretor jurídico Sandro dos Santos elaborou uma estratégia de defesa que conta com a participação da Polícia Militar. O tenente da PM, Darci Rodrigues Júnior, que estava no comando do policiamento naquele jogo, viajou para o Rio de Janeiro para atestar que o rojão não partiu das arquibancadas.
– A origem do rojão é de um dos prédios que circundam o Heriberto Hülse – explicou o advogado.
Em caso de condenação, o Tigre tem uma segunda chance para tentar manter o jogo decisivo no Heriberto Hülse. O clube deverá solicitar um recurso de efeito suspensivo que impede o cumprimento da pena até que o pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) se reúna para julgar o episódio.
– Isso também depende da boa vontade do desembargador Luiz Sveiter, que comanda o STJ – ressalta o diretor jurídico da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rodrigo Capella.
O julgamento terá o acompanhamento do presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto Filho, que está no Rio de Janeiro. O presidente do Criciúma, Moacir Fernandes, está confiante na obtenção do efeito suspensivo, pois não acredita que a punição com a perda do mando de campo seja imposta numa final de campeonato.
Se a previsão do dirigente não se confirmar, o Tigre poderá jogar em Florianópolis (Orlando Scarpelli) ou em Porto Alegre (Beira-Rio).
Com informações de Cristiano Rigo Dalcin do Diário Catarinense.
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